Motta sobre Eduardo Bolsonaro: ‘Não há mandato a distância’ no regimento
Hugo Motta afirma que Eduardo Bolsonaro pode perder seu mandato por não exercer atividades no Brasil. O presidente da Câmara ressalta que as ações do deputado serão analisadas conforme o regimento interno.
Presidência da Câmara dos Deputados em foco
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que respeita, mas não concorda com as ações do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele afirmou que pode decretar a perda do mandato do parlamentar.
Motta disse: “Não há previsibilidade para exercício do mandato a distância.” Ele enfatizou que o caso de Eduardo será tratado “com base no regimento”.
Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, defendeu suas teses políticas, mas Motta advertiu que ele sabia das limitações ao optar por permanecer fora do país.
Ameaças de sanções
Eduardo Bolsonaro insinuou que Motta poderia ser alvo de sanções do governo americano, comparando sua situação à de Rodrigo Pacheco, que perdeu o visto devido a pedidos de impeachment.
O governo dos EUA impôs sanções a Alexandre de Moraes, utilizando a Lei Magnitsky, que proíbe entrada nos EUA e bloqueia bens de violadores de direitos humanos.
Motta reafirmou sua intenção de manter o equilíbrio no exercício de sua função e prometeu ações contra deputados que obstruíram os trabalhos na Câmara.
Controvérsia com criança na Câmara
Na mesma linha, o deputado Reimont (PT-RJ) acionou o Conselho Tutelar contra Julia Zanatta (PL-SC), após ela levar sua filha de quatro meses para a Câmara durante a obstrução.
O ofício de Reimont destaca preocupações sobre a segurança da criança em um ambiente instável. Zanatta defendeu sua ação, alegando que críticos não se preocupam com a saúde da criança, mas sim com politizar a situação.
Os deputados da oposição tentaram paralisar os trabalhos em busca de aprovar o Projeto de Lei da Anistia e o impeachment de Alexandre de Moraes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.