HOME FEEDBACK

Mourão diz desconhecer ‘minuta do golpe’ e culpa governo Lula pelos atos de vandalismo no 8 de Janeiro

Hamilton Mourão se defende no STF e atribui culpa pelos eventos de 8 de janeiro ao governo Lula. Ele nega participação em qualquer tentativa de golpe e afirma não ter conhecimento das reuniões mencionadas nas investigações.

Hamilton Mourão, ex-vice-presidente e senador pelo Republicanos-RS, depôs no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (23), negando qualquer tentativa de golpe e atribuindo a culpa pela desordem em Brasília em 8 de janeiro de 2023 ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mourão é testemunha no processo que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Heleno e outros, acusados de tentativa de golpe de Estado. O relator, Alexandre de Moraes, conduziu a audiência.

No depoimento, Mourão afirmou que não participou de reuniões sobre intentonas golpistas e negou ter falado sobre o Peru em tentativa de autogolpe em 2022. Ele não considerou o tenente-coronel (Mauro) Cid como mentiroso, apesar das alegações envolvendo conversas sobre a saída de Bolsonaro.

Segundo investigações, uma troca de mensagens entre o tenente-coronel Sergio Ricardo Cavaliere e Mauro Cid mencionou uma reunião com Mourão, onde seria discutido o afastamento de Bolsonaro, rotulado como “01”. Cid negou ter acesso a informações que comprometessem Mourão.

Mourão afirmou que o governo Lula falhou em sua resposta aos eventos de 8 de janeiro, pedindo que atuasse de acordo com a gravidade da situação.

Na mesma sessão, o comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, e o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo também depuseram. Olsen pediu dispensa, alegando desconhecimento dos fatos, enquanto Rebelo, que já foi ministro de governos petistas, teve seu depoimento mantido.

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos Baptista Junior, afirmou que Mourão havia deixado tropas à disposição de Bolsonaro para uma tentativa de golpe.

Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório

Leia mais em jovem-pan