Movimento global para rejeitar dólar ganha força na Ásia
A crescente demanda por derivativos cambiais é impulsionada pelas tensões comerciais e pela busca de alternativas ao dólar americano. Empresas estão cada vez mais adotando moedas como yuan e euro para driblar a moeda de reserva mundial em suas transações.
Demanda crescente por derivativos cambiais é observada por bancos e corretoras, com ênfase em evitar o dólar. A mudança se intensifica devido a tensões comerciais.
Empresas estão buscando mais transações de hedge que excluem a moeda americana, utilizando moedas como yuan, dólar de Hong Kong, dirham dos Emirados Árabes e euro. Há um aumento na demanda também por empréstimos em yuan.
A maioria das operações de câmbio ainda usa o dólar como intermediário, mas o interesse por estratégias alternatives cresce. Isso reflete uma tendência de desdolarização.
Stephen Jen, estrategista, alerta sobre uma possível "avalanche" de US$ 2,5 trilhões em vendas de dólares, impactando seu prestígio a longo prazo. A recente queda do dólar foi desencadeada por ansiedades comerciais.
Gene Ma, do Instituto de Finanças Internacionais, afirma que o aumento nas transações fora do dólar se deve ao desenvolvimento tecnológico e maior liquidez disponível.
Um banco na Indonésia planeja criar uma equipe dedicada para atender à crescente demanda de transações entre rupias e yuans.
O afastamento do dólar desafia um pilar do comércio global, que por décadas foi dominado por ele. O uso do dólar como moeda intermediária representa cerca de 13% do volume diário de transações.
A China tem promovido sua moeda em acordos de liquidação com países como Brasil e Indonésia, enquanto o grupo BRICS discute a desdolarização.