Movimentos sociais acusam Congresso de proteger “elite econômica”
Movimentos sociais denunciam a influência das elites no Congresso e pedem reformas tributárias para reduzir desigualdades. Carta destaca a necessidade de isenção do IR para rendas até R$ 5.000 e maior taxação sobre altos ganhos.
Cerca de 70 organizações assinaram uma carta que acusa o Congresso de defender interesses das elites econômicas. O texto pede a aprovação da isenção do IR (Imposto de Renda) para rendimentos de até R$ 5.000, conforme prometido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os grupos solicitam também o aumento da taxação sobre altas rendas, lucros e patrimônio. A carta destaca que o Congresso pressiona o governo por cortes em áreas sociais enquanto impede propostas que tornariam o sistema tributário mais justo.
Movimentos como UNE, MST e MTST assinaram o documento. A carta critica a composição do Congresso e afirma que ele bloqueia tentativas de construir um sistema tributário progressivo.
O governo Lula enfrenta desafios para aprovar a proposta de isenção do IR, após uma grande derrota legislativa em 25 de junho, quando o Congresso derrubou uma MP que aumentava impostos, incluindo o IOF.
A reação predominante no Congresso e entre empresários foi negativa, resultando na revogação com 383 votos a favor e 98 contra. Essa votação foi considerada a pior derrota de Lula e Haddad no atual governo.
Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, essa decisão foi uma “derrota para o governo” construída a várias mãos.
A carta conclui pedindo a pressão sobre o Congresso para que o Orçamento Público atenda à maioria e não às elites privilegiadas.