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Movimentos sociais preparam mobilização para COP30

Ativistas e movimentos sociais se mobilizam para a COP30 em Belém, buscando amplificar suas vozes e demandas. Apesar da expectativa de uma participação popular significativa, os desafios para inserir essas questões nas negociações oficiais permanecem elevados.

A COP30, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, acontecerá em Belém de 10 a 21 de novembro e trará novamente ativistas e movimentos sociais ao evento, apesar das baixas expectativas de impacto nas negociações oficiais, que ocorrem na blue zone.

Organizações locais destacam um ambiente positivo para diálogo pacífico, enquanto questionam o rótulo “COP da Floresta” promovido pelo governo do Pará. Segundo Marcio Astrini, do Observatório do Clima, "a conferência não vai discutir nem a Amazônia nem as florestas" em sua agenda oficial.

A Cúpula dos Povos, evento paralelo, permitirá que os movimentos sociais se expressem, enquanto a green zone abrigará atividades não oficiais. Uma nova iniciativa, “yellow zones”, será criada por 15 organizações locais nas periferias de Belém, focando em educação ambiental e vozes das comunidades locais.

A “yellow zone” da Vila da Barca já está em funcionamento, oferecendo turismo social e oportunidades aos moradores se prepararem para receber visitantes da COP30, promovendo o acesso a debates climáticos.

A expectativa é alta, com um retorno de manifestações após anos de restrições. Isso inclui uma passeata não autorizada nas últimas edições, marcada para o dia 15 de novembro.

Embora as demandas sociais possam ter dificuldade para penetrar na “blue zone”, a assessora Carolina Alves acredita que o movimento social trará efeitos positivos, ao informar financiadores sobre as necessidades além das pautas oficiais. Líderes jovens também planejam ações para conectar juventudes com a agenda climática.

Por fim, Karla Giovanna Braga da ONG CoJovem, destaca a necessidade de construir um legado focado nas populações locais e sugere que a COP seja chamada de COP das Pessoas, para atender melhor às verdadeiras necessidades dos que vivem e preservam a Amazônia.

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