MP da Argentina pede que Cristina Kirchner deixe prisão domiciliar e vá para a cadeia
A Procuradoria-Geral argumenta que a ex-presidente Cristina Kirchner não possui justificativas para continuar em prisão domiciliar, já que outros condenados pelo mesmo caso estão em regime fechado. O Tribunal Federal de Cassação decidirá sobre o pedido em breve.
Procuradoria-Geral da República da Argentina pediu à Justiça, nesta segunda-feira, 30, que a ex-presidente Cristina Kirchner cumpra pena em prisão federal, em vez de prisão domiciliar.
Kristina está em prisão domiciliar desde o dia 17, após ser condenada por corrupção no caso “Vialidad”. A condenação envolve superfaturamento e favorecimento de contratos na província de Santa Cruz durante sua presidência.
A Procuradoria afirma que sua situação é “anômala” pois outros condenados estão em regime fechado, o que configura um privilégio indevido. O pedido foi reforçado pelos procuradores Diego Luciani e Sergio Mola, que defendem a equidade perante a lei.
Kirchner, que tem mais de 70 anos, se encontra no apartamento em Buenos Aires, e seu regime de prisão domiciliar foi acolhido pela Justiça devido à dificuldade em garantir sua segurança em uma prisão federal.
Milhares de apoiadores têm realizado manifestações em frente ao local onde ela está confinada. Em contrapartida, a Justiça determinou que ela não pode perturbar a tranquilidade dos moradores.
A Procuradoria argumenta que não há “motivos reais” para a prisão domiciliar, já que a pena deve ser cumprida em um estabelecimento penitenciário. Quanto à idade, enfatizam que apenas isso não justifica a condição em que se encontra, afirmando que a prisão deve ser digna.
Além disso, os procuradores mencionaram que Kirchner faz ataques constantes aos juízes, um comportamento que a prisão domiciliar facilita.