MP pede cassação de prefeito de Curitiba e vice após denúncia de coação de funcionários
Ministério Público investiga esquema de coação que beneficiou campanha de Pimentel e Martins. Denúncias incluem ameaças a servidores da prefeitura e exigência de doações para arrecadação eleitoral.
MP do Paraná solicita cassação do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e do vice-prefeito, Paulo Martins (PL) por abuso de poder político e de autoridade durante a eleição do ano passado.
Ambos são acusados de um esquema de coação de funcionários públicos para doações à campanha. A cidade era administrada por Rafael Greca (PSD), que apoiou Pimentel.
O caso surgiu de um vazamento de áudio pelo portal Metrópoles, onde Antônio Carlos Pires Rebello (superintendente de Tecnologia) disse que servidores deveriam comprar convites de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação. Ele orientou pagamentos via contas de parentes e ameaçou demitir quem não participasse.
Rebello afirmou que o total seria para "ajudar a campanha" e que a estratégia seria "melhor do que fazer caixa 2".
Denúncia foi feita pela rival política, Cristina Graeml, e enviada ao MP Eleitoral. A promotora Cynthia Maria de Almeida Pierri apoiou a denúncia e pediu a cassação e inelegibilidade de Pimentel, Martins e Greca.
Ela citou a rápida exoneração de Rebello como indício de irregularidade e refutou o argumento de que as gravações eram clandestinas. O jornal "O Globo" não obteve resposta das defesas e da prefeitura até a publicação.