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Mudança de CEO na Tupy gera divisões entre investidores e preocupa mercado

Mudança na liderança da Tupy suscita críticas e descontentamento entre investidores minoritários, que questionam a experiência de Lucchesi para o cargo. A intervenção do BNDES na escolha do novo CEO levanta preocupações sobre a governança e a influência política na empresa.

A Tupy (TUPY3), uma das maiores metalúrgicas do Brasil, enfrenta polêmica em torno de sua governança e a troca de comando: o atual CEO Fernando Rizzo será substituído por Rafael Lucchesi a partir de 1 de maio.

A mudança, formalizada em reunião do conselho, gera descontentamento entre investidores minoritários, que detêm cerca de 10% das ações. Eles veem a troca como uma decisão política, influenciada pelo BNDES e pela Previ, acionistas majoritários com 53% da empresa.

Lucchesi, atual diretor da CNI, é criticado por sua falta de experiência como executivo-chefe. Investidores como representantes da 4UM Investimentos e outros expressam preocupações sobre a mudança.

Por outro lado, Werner Roger, sócio da Trígono, acredita que a troca é parte de um ciclo normal de renovação e que a estrutura e o valor da empresa não devem mudar. Ele defende a governança sólida da companhia, com decisões tomadas pelo conselho.

Marcos Pavarini, da Biguá Capital, questiona a escolha de Lucchesi, ressaltando a experiência de Rizzo em conduzir transformações importantes, como a expansão e inovação da Tupy. Ele aponta que a falta de experiência de Lucchesi pode gerar incertezas para os investidores.

A insatisfação se reflete na queda das ações da Tupy, que caíram 7% no dia da divulgação e acumulam uma queda de 31,41% nos últimos 12 meses.

Além disso, a ingerência do governo na Tupy gera preocupações, especialmente com a presença de ministros do governo Lula no conselho. A CVM investiga a nomeação desses ministros devido à falta de consulta sobre conflitos de interesse, e a Previ é criticada por flexibilizar regras de indicação.

Os minoritários da Tupy estão se mobilizando para responder à decisão sobre a nova gestão.

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