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Mudança de regras para gás de cozinha abre espaço para crime organizado, diz Ultra

Rodrigo Pizzinatto critica proposta da ANP que pode facilitar a atuação do crime organizado no setor de gás. Ele ressalta que mudanças nas regras de venda colocam em risco a segurança da população e não necessariamente reduzirão os preços.

Rodrigo Pizzinatto, CEO do grupo Ultra, criticou a proposta de revisão das regras de venda de gás de cozinha, afirmando que ela "abre espaço para o crime organizado" e deve ser rejeitada.

A revisão está sendo discutida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). As propostas em debate incluem:

  • Fim da exclusividade de marca;
  • Enchimento parcial de botijões.

Pizzinatto alertou que essas mudanças podem comprometer a segurança da população e criar irregularidades semelhantes às observadas no México.

Esse posicionamento ocorreu durante uma teleconferência para explicar o balanço do segundo trimestre de 2025, em que o Ultra reportou um lucro de R$ 1,2 bilhão.

O grupo controla a Ultragaz, que, junto a outras grandes empresas (Supergasbrás, Copagaz, Liquigás e Nacional Gás Butano), responde por cerca de 80% das vendas de gás no Brasil.

A ANP e o governo buscam reduzir a concentração do mercado para permitir a entrada de novas empresas, mas ainda não definiram as novas regras.

Defensores da proposta afirmam que o enchimento de botijões de outras marcas poderia reduzir custos, mas Pizzinatto argumentou que a economia seria mínima, cerca de R$ 0,50 no preço final do botijão, hoje em R$ 107,49.

O setor, frequentemente criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está sob investigação por meio da AGU (Advocacia Geral da União) em relação aos preços dos botijões de gás.

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