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Mudanças de Milei no câmbio geram onda de calotes de empresas na Argentina

As reformas de Javier Milei estabilizam o mercado cambial, mas resultam na maior onda de calotes corporativos desde a pandemia. Empresas enfrentam inadimplência crescente devido ao aumento dos custos de captação e da retirada de controles cambiais.

Reformas de Javier Milei estabilizam o mercado cambial argentino, mas levam à pior onda de calotes corporativos desde a pandemia.

Empresas lutam para pagar dívidas e enfrentam inadimplência. Os custos de captação aumentam, principalmente para aquelas dependentes do peso. A retirada de controles de câmbio por Milei exacerbou a situação financeira.

Até agora, mais de meia dúzia de empresas entraram em default ou estão renegociando dívidas, como a Grupo Albanesi, que já estava em situação financeira delicada.

Segundo Ezequiel Fernández, da Balanz Capital, a pressão financeira deve continuar. O analista destaca que a “destruição criativa” em nível micro é necessária para que a Argentina mude o cenário macroeconômico.

A prática anterior de emitir títulos indexados ao dólar não funciona mais, pois a diferença entre as taxas oficiais e paralelas diminuiu, elevando os custos de juros.

No primeiro trimestre de 2025, as taxas de juros dos títulos indexados ao dólar subiram para 11%, enquanto as vendas desses títulos caíram significativamente.

Apesar disso, as empresas emitiram mais títulos em dólares, refletindo a nova estratégia financeira. Desde novembro, houve oito defaults, destacando a gravidade da situação.

A campanha de austeridade de Milei também pressiona margens na indústria, onde os custos operacionais aumentaram e a concorrência externa se intensificou.

Empresas classificadas como A+.ar ou inferiores enfrentam maiores desafios de refinanciamento. O diretor associado da Moody’s, José Antonio Molino, ressalta a alta fuga para a qualidade no mercado.

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