Mudanças no IR: calculadora do g1 mostra como será a taxação de quem ganha mais que R$ 50 mil
Mudança visa aumentar a arrecadação do governo e garantir isenção para os mais pobres. Proposta ainda precisa passar pela aprovação do Congresso Nacional para entrar em vigor.
Lula assina projeto que amplia isenção do IR para R$ 5 mil mensais
No dia 18 de outubro, o governo federal apresentou um projeto de lei que altera as regras do Imposto de Renda (IR) da pessoa física. A medida mais importante garante que quem ganha acima de R$ 50 mil mensais (R$ 600 mil anuais) pague uma alíquota minima sobre seus rendimentos.
O imposto será calculado sobre a soma total de rendimentos anuais, incluindo salários e dividendos. O projeto ainda precisa ser avaliado pelo Congresso Nacional e, se aprovado, entrará em vigor em 2026. A taxação será progressiva:
- R$ 600 mil: 0% de alíquota;
- R$ 900 mil: 5% de alíquota;
- R$ 1,2 milhão ou mais: 10% de alíquota.
A proposta visa compensar a perda de arrecadação com a isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil, uma promessa de campanha de Lula. A renúncia de receitas foi estimada em R$ 27 bilhões até 2026, enquanto a arrecadação dos mais ricos deve totalizar R$ 25,22 bilhões no próximo ano.
Lula afirmou que o projeto é neutro e não aumenta a carga tributária da União. A taxação afeta cerca de 141 mil contribuintes, representando 0,13% do total de contribuintes de IR.
Principais informações sobre a taxação:
- Quem será taxado: Rendimentos anuais superiores a R$ 600 mil;
- Alíquota: Progressiva de 0% a 10%;
- Base de cálculo: Soma de salários, aluguéis e outros rendimentos;
- Cobrança: Incidência sobre a diferença entre o que já foi pago e o novo valor devido;
- Próximos passos: Aprovação no Congresso Nacional.
A taxa e a isenção entrarão em vigor somente após a aprovação pelo Congresso em 2026.