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Mudar regras do vale-refeição afeta a economia local

Propostas de mudança no PAT geram preocupação sobre a segurança alimentar dos trabalhadores. Mudanças que transformem benefícios em dinheiro podem comprometer conquistas sociais e afetar toda a cadeia econômica envolvida.

Programas sociais visam dar segurança ao público-alvo, e mudanças devem considerar consequências sociais, não apenas econômicas.

O PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador) tem funcionado por quase 50 anos, garantindo acesso a alimentação de qualidade. Propostas de mudança devem ser analisadas com cuidado, especialmente em um cenário econômico instável.

Em 2025, o crescimento do país será menor que 3,4%, a inflação está alta, levando o Banco Central a elevar a taxa de juros para 14,75% ao ano, o maior índice em 20 anos. No entanto, a taxa de desemprego caiu para 7%, a menor desde 2012.

O debate atual envolve a modificação na forma de pagamento do auxílio-alimentação. Algumas correntes defendem a conversão desse benefício em salário ou depósitos via Pix, o que pode comprometer a função social do PAT e aumentar a fome e má nutrição.

Os vales-alimentação e refeição são “carimbados”, restringindo seu uso a alimentos e prevenindo desvios para outras despesas, garantindo a segurança alimentar. Sem controle, esses recursos podem ser mal direcionados, como foi o caso do Bolsa Família vetado para apostas online.

A cadeia de negócios também é afetada, com bares, restaurantes e mercados de bairro dependendo do fluxo garantido pelos vales. Uma alteração abrupta no PAT pode resultar em fechamentos de empresas e aumento do desemprego, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

O PAT não é uma política de governo, mas um programa de Estado que beneficia milhões. A manutenção desse programa é crucial para a proteção dos direitos trabalhistas e a segurança alimentar.

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