Muito além dos aitolás e das armas nucleares: Por que o Irã é considerado o berço da civilização?
Israel intensifica ataques ao programa nuclear do Irã, gerando um ciclo de retaliações. O conflito não apenas ameaça civis, mas também o rico patrimônio cultural de uma das civilizações mais antigas do mundo.
Em 12 de junho, Israel realizou ataques aéreos em instalações nucleares do Irã, afirmando que a operação visa erradicar o programa de armas nucleares. Em resposta, Teerã efetuou retaliação, indicando que o conflito está longe do fim.
Essa situação não só coloca em risco milhares de civis, mas também ameaça o patrimônio cultural iraniano, relacionado a uma das civilizações mais antigas do mundo.
O Irã, anteriormente conhecido como Pérsia, é um dos berços da civilização, com vestígios arqueológicos datando de 3.200 a.C. O reino de Elam, por volta de 2.800 a.C., é considerado o início da civilização iraniana, influenciando culturas vizinhas como a Mesopotâmia.
Entre os séculos VI a.C. e IV a.C., o Irã tornou-se o centro do Império Aquemênida, abrangendo vastas regiões. Após sua queda, o território manteve seu poder cultural sob outras dinastias.
Legado Persa: a civilização persa influenciou filosofia, matemática, literatura, arquitetura e administração. O Irã foi crucial na história da Mesopotâmia, contribuindo para novos sistemas de governo e religião.
Administração: os persas implementaram um sistema administrativo eficiente com satrapias e uma moeda única, promovendo a integração econômica.Cultura e Arte: destacaram-se em arquitetura e literatura, com obras de poetas como Ferdowsi e Rumi.
Religião e Ciência: o Zoroastrismo introduziu conceitos fundamentais de monoteísmo. Os persas inovaram em medicina e irrigação, além de desempenharem um papel crucial na Rota da Seda.
Identidade Iranixiismo como resistência cultural. A mudança oficial de nome de Pérsia para Irã ocorreu em 1935, buscando modernização.