'Muito irritado': a mudança de tom de Trump sobre Putin e o cessar-fogo na Ucrânia

Trump expressa irritação com Putin

O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou estar "muito irritado" e "furioso" com Vladimir Putin, após tentativas de negociação por um cessar-fogo na Ucrânia.

Em entrevista à NBC News neste domingo (30/3), Trump criticou Putin por questionar a credibilidade do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele ameaçou impor tarifas de 50% sobre países que comprassem petróleo russo, caso as negociações não avançassem.

“Se a Rússia e eu não conseguirmos um acordo, vou impor tarifas sobre o petróleo vindo da Rússia”, afirmou Trump.

Essa postura representa uma mudança significativa no tom de Trump em relação à Rússia. Até agora, ele havia elogiado Putin e exigido concessões de Zelensky.

A Casa Branca não comentou sobre as declarações. Recentemente, um acordo de cessar-fogo foi alcançado apenas na região do mar Negro.

Trump manifestou sua raiva após Putin sugerir que o governo da Ucrânia deveria ser controlado pelas Nações Unidas. Ele ressaltou que a raiva se dissipa rapidamente, "caso ele faça a coisa certa".

Trump também anunciou que as tarifas sobre a Rússia poderiam ocorrer em um mês, caso não haja acordo. As tarifas secundárias poderiam alcançar 50% sobre produtos de países que ainda importam petróleo russo, como China e Índia.

Zelensky respondeu nas redes sociais, afirmando que "a Rússia continua procurando desculpas" para prolongar a guerra e clamou por uma resposta adequada dos aliados.

Trump afirmou que proximamente conversaria com Putin. Desde a invasão russa em fevereiro de 2022, a Ucrânia perdeu cerca de 20% de seu território.

Potenciais impactos internos

Na mesma entrevista, Trump não descartou a possibilidade de buscar um terceiro mandato na Casa Branca, afirmando que "muitas pessoas querem que eu faça isso".

Além disso, comentou sobre o aumento de tarifas de 25% sobre veículos e peças importados, afirmando que não se preocupava com possíveis aumentos de preços para consumidores.

“Se você fabricar seu carro nos Estados Unidos, vai ganhar muito dinheiro”, concluiu Trump.