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Mulher do “perdeu, mané” diz não ter invadido prédios no 8 de Janeiro

Cabeleireira nega participação na invasão dos Três Poderes e argumenta que apenas ajudou a pichar a frase em uma estátua. O julgamento por sua condenação a 14 anos de prisão continua no STF, com um voto pendente.

Débora Rodrigues dos Santos, 39 anos, cabeleireira, alegou não ter invadido nenhum prédio dos Três Poderes durante os atos de 8 de Janeiro.

Ela ficou conhecida por pichar a frase “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao STF. Em depoimento, afirmou: “Eu só fiquei naquela praça”.

A frase é uma referência a uma declaração do ministro Luís Roberto Barroso em 2022, durante um incidente com manifestantes bolsonaristas. O vídeo do depoimento foi incluído na ação penal 2508, que teve sigilo retirado pelo ministro Alexandre de Moraes.

Débora pediu desculpas a Moraes e está sendo julgada pela 1ª Turma do STF, que já contabiliza votos pela condenação, mas falta um para a maioria.

Em 24 de março, o ministro Luiz Fux pediu vista do caso, destacando que a pena de 14 anos, imposta por Moraes e Flávio Dino, poderia precisar de revisão.

Moraes votou pela condenação, considerando os crimes de Débora como parte de uma ação “multitudinária” contra a democracia. Ele alegou que Débora foi identificada nas imagens pichando a estátua, mas não encontramos provas de que ela tenha invadido qualquer prédio.

A defesa solicitou a rejeição da denúncia, afirmando falta de evidências concretas. Moraes criticou a conduta de Débora, sugerindo que ela apagou provas de sua participação nos atos.

Débora está presa preventivamente desde 17 de março de 2023, após a 8ª fase da operação Lesa Pátria. Ela declarou que não tinha intenção de vandalizar, apenas seguiu um indivíduo que pedia ajuda na pichação.

Em seu depoimento, pediu compreensão, afirmando ser uma mãe que está sofrendo pela separação de seus filhos. “Eu nunca fiz nada de ilícito na minha vida”, enfatizou.

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