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Mulher pró-Palestina vai à Marcha para Jesus em mar de bandeiras de Israel

Marta Batista faz protesto na Marcha para Jesus, empunhando bandeira palestina em meio a símbolos israelenses. A evangélica critica a política de eliminação de Netanyahu e se destaca em um evento predominantemente a favor de Israel.

Marta Batista, dona de casa de 61 anos, participou da Marcha para Jesus em São Paulo, levando uma bandeira palestina. Sua atitude, contrastante com as bandeiras de Israel distribuídas entre os milhares de participantes, gerou críticas.

“Como evangélica, não aceito a política de eliminação de [Benjamin] Netanyahu”, declarou Marta, que continuou na marcha após a passagem dos carros de som.

Israel realiza operações militares na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023, após um ataque do Hamas, e tem se envolvido em hostilidades com outros países, como o Irã.

Os evangélicos veem a bandeira de Israel como um símbolo importante, acreditando que é fundamental para as profecias cristãs.

Além de Marta, também chamou atenção na marcha o mestre de obras Thiago Costa, de 31 anos, que segurava a bandeira da Coreia do Norte, afirmando que “temos que defender Jesus nos 4 cantos do mundo”.

O IBGE revelou que 26,9% da população brasileira são evangélicos, tornando-se o 2º maior grupo religioso do país, após os católicos (56,7%).

Lula não participou da marcha; seu representante, Jorge Messias, foi vaiado em 2023. Em 2024, o ministro da AGU foi acolhido pelo apóstolo Estevam Hernandes, organizador do evento, sem apupos.

A Marcha para Jesus foi inaugurada em 1993 no Brasil, inspirada por um evento do Reino Unido. Em 2009, Lula sancionou a lei que tornou a celebração oficial no país, embora nunca tenha participado. Jair Bolsonaro foi o primeiro presidente a comparecer em 2019; em 2022, voltou à marcha com críticas à "ideologia de gênero", aborto e drogas.

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