Mulheres relatam pressão no trabalho após gravidez
Relatos de demissões e pressão sofrida por mulheres grávidas revelam um cenário preocupante no ambiente de trabalho. As histórias destacam a resistência de empregadores em manter funcionárias gestantes, culminando em demissões e discriminações após a licença-maternidade.
A história de Alice Menda, 31, ilustra os desafios enfrentados por mulheres grávidas no mercado de trabalho.
Após receber uma rosa no Dia da Mulher, Alice foi demitida sem justa causa uma semana depois, com alegações de descontentamento da equipe sobre seu comportamento.
Relatos semelhantes surgem:
- Mulheres enfrentam pressões, como rebaixamento de cargo e transferência para funções pesadas.
- Várias são demitidas assim que retornam da licença-maternidade de 120 dias.
A advogada trabalhista Bárbara Anacleto explica que, embora exista estabilidade para gestantes, a demissão sem justa causa é legal após a licença, se considerada discriminatória.
Alice relata que, em sua situação, a empresa optou por um acordo financeiro para encerrá-la rapidamente.
Outras mulheres compartilhavam experiências como:
- Chefe que criava uma “escala da gravidez”, demitindo funcionárias fora do rodízio.
- Assistente jurídica pressionada a pedir demissão após anunciar a gravidez.
- Vendedora aconselhada a esconder a gravidez por temor de repercussão negativa.
Priscila Lucena de Freitas, 32, sentiu a confiança do chefe diminuir após aprender sobre sua gestação. Ao voltar, se deparou com desigualdade salarial em relação a estagiários.
Carla Giovana, 36, voltou ao trabalho e se viu desqualificada pela chefe, que pressionou a equipe de grávidas a aceitar acordos rescisórios.
Juliana Rocha, 26, sofreu assédio moral enquanto enfrentava situações difíceis em seu emprego, como carregar caixas pesadas e receber cobranças injustas. Após sua demissão, o local continuou aberto, contradizendo a justificativa dada.
Esses relatos sublinham a necessidade de proteger os direitos das mulheres grávidas no ambiente de trabalho.