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Multinacionais dos EUA removem referências a mudanças climáticas de seus sites

Grandes corporações e organizações sem fins lucrativos alteram conteúdo sobre mudanças climáticas em resposta a pressões políticas. A remoção de referências levanta preocupações sobre a transparência e o compromisso das empresas com a sustentabilidade.

Empresas e ONGs removem referências às mudanças climáticas em seus sites, seguindo a tendência de departamentos governamentais dos EUA sob Donald Trump.

Um levantamento do Financial Times revelou que empresas como Walmart e Kraft Heinz apagaram ou modificaram suas declarações climáticas nos últimos meses, refletindo a crescente oposição republicana a políticas ambientais.

Trump, que já desqualificou as mudanças climáticas como uma "farsa", promoveu a remoção de conteúdo relacionado a questões ambientais nos sites do governo.

A Walmart excluiu uma seção que afirmava seu comprometimento em enfrentar as mudanças climáticas e alterou o texto sobre emissões, reduzindo referências a ações climáticas significativas.

A Kraft Heinz reescreveu sua página sobre metas de redução de emissões, agora mencionando dificuldades internas e externas em cumprir objetivos anteriores.

A American Airlines e a Meta também reduziram suas declarações sobre ações climáticas em suas páginas, mantendo comunicação vaga sobre suas iniciativas.

A Coca-Cola e a Nestlé suavizaram suas abordagens em páginas de sustentabilidade, omitindo detalhes importantes sobre seus compromissos ambientais.

Especialistas alertam que essa prática de greenhushing prejudica a transparência e a responsabilidade corporativa.

Grupos sem fins lucrativos estão reorganizando seus sites e até mesmo apagando páginas sobre mudanças climáticas para garantir subsídios americanos, devido a cortes de financiamento pela administração Trump.

Um representante da FAO observou que projetos de mudanças climáticas estão sendo rebatizados para evitar controvérsias, focando em "resiliência" em vez de mudança climática.

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