Municípios paulistas se organizam para atrair produções audiovisuais
Marilia Marton destaca a importância de transformar São Paulo em um polo audiovisual, buscando atrair cineastas e produtores para explorar a riqueza cultural e natural do estado. O plano inclui incentivos financeiros e desenvolvimento de infraestrutura para fomentar a indústria criativa e valorizar o potencial econômico das comunidades locais.
Marilia Marton, titular da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa de SP, destaca a importância de promover o audiovisual paulista. Desde 2023, ela despacha na histórica Estação Júlio Prestes, ressaltando a riqueza cultural e natural do Estado.
O Plano de Desenvolvimento da Indústria Audiovisual Paulista, lançado em fevereiro, visa criar um polo estratégico para produção audiovisual, com incentivo financeiro e a participação de 21 municípios. "Não se trata de uma política pública de governo, mas de Estado", afirma Marton.
Exemplos de sucesso, como o filme “Conspiração Condor” em Iguape, demonstram o potencial econômico do setor, que pode transformar comunidades locais. O prefeito de Iguape, Salvador José Barbosa Júnior, planeja oferecer cursos de audiovisual para jovens, visando melhores condições de vida.
A inspiração do plano paulista provém de práticas bem-sucedidas em países como Austrália e Nova Zelândia, conhecidas por seus incentivos ao setor cinematográfico. A SP State Film Commission está mapeando 1.094 locações para atrair gravações.
A Lei Paulo Gustavo destina R$ 3,862 bilhões para o setor cultural, com R$ 378,2 milhões já aplicados em projetos audiovisuais. Marton enfatiza a importância de conectar a produção dentro e fora do Brasil, promovendo uma nova imagem cultural.
Em 2024, a Casa São Paulo será inaugurada no festival South by Southwest, em Austin, como um espaço para promover o soft power brasileiro e fomentar conexões internacionais.