Museus preservam passado colonial da Coreia do Sul e luta do movimento independentista
A Coreia do Sul celebra 80 anos do fim do regime colonial japonês com a inauguração de novos museus e memorial que preservam a memória dos independentistas. As instalações buscam retratar a trajetória do país desde a opressão até o seu atual status como potência cultural global.
Memorial Nacional do Governo Provisório Coreano, em Seul, destaca-se por uma escultura de onda que simboliza as transformações da Coreia do Sul. Neste 15 de agosto, o país celebra 80 anos do fim do regime colonial japonês, relembrado em museus e instituições.
A história da Coreia do Sul, marcada por 35 anos de domínio nipônico e um conflito com o Norte, é foco dos museus, que destacam os independentistas. O memorial foi inaugurado em 1º de março, data de protestos de 1919 que resultaram na criação do governo provisório coreano.
O museu apresenta cópias de documentos históricos, fotos e instalações modernas que representam uma Coreia em movimento. O Memorial está próximo à prisão de Seodaemun, onde 9.000 independentistas foram detidos e 493 assassinados durante o domínio japonês e as ditaduras até 1987.
A igreja Jeam-ri se tornou um símbolo da repressão após a prisão e morte de manifestantes em 1919. O Independence Hall of Korea, em Cheonan, explora as causas do domínio japonês e a luta pela liberdade.
Militares jovens visitam museus durante suas folgas, enquanto a Segunda Guerra é abordada apenas marginalmente, apesar de seu papel crucial na expulsão dos japoneses. O Museu Nacional de História Contemporânea Coreana foca em eventos pós-coloniais, como a Guerra da Coreia e o processo de democratização.
O museu destaca a crescente cultura coreana, com produções que conectam o passado ao presente, representando a expressão hallyu como uma onda cultural.