Musk amplia uso de IA em dados do governo dos EUA e levanta suspeitas de conflito de interesse
Expansão do chatbot Grok no governo americano levanta preocupações sobre privacidade e conflitos de interesse. Especialistas alertam que o acesso a dados sensíveis pode beneficiar a empresa de Musk, a xAI, em detrimento da segurança dos cidadãos.
Expansão do Grok no Governo dos EUA: A equipe do bilionário Elon Musk, no Doge (Departamento de Eficiência Governamental), amplia o uso do chatbot de inteligência artificial Grok para análise de dados no governo federal, segundo fontes da Reuters.
Preocupações sobre privacidade surgem, com defensores alertando que o Doge ignora proteções de dados sensíveis durante uma fase de mudanças burocráticas promovidas pelo presidente Donald Trump.
Fontes indicam que o Doge desenvolveu uma versão personalizada do Grok para relatórios e análises, incentivando funcionários do Departamento de Segurança Interna a utilizá-lo, apesar da falta de aprovação oficial.
O uso de dados confidenciais pode infringir leis de segurança e privacidade, conforme alertam especialistas. Eles temem que Musk ganhe uma vantagem competitiva ao acessar dados federais que beneficiem sua empresa xAI.
Musk, a Casa Branca e a xAI não comentaram sobre o assunto. Um porta-voz do Departamento de Segurança Interna negou que houve pressão para usar a ferramenta.
A equipe do Doge obteve acesso a bancos de dados federais contendo informações pessoais, normalmente restritas, suscitando preocupações sobre compliance legal.
Albert Fox Cahn, do Projeto de Supervisão da Tecnologia de Vigilância, considera isso uma "ameaça séria" à privacidade, destacando a falta de transparência sobre o acesso ao Grok.
O envolvimento de Musk nas decisões sobre o Grok pode resultar em conflito de interesses, como observa Richard Painter, ex-conselheiro de ética. Ele destaca a impressão de que o Doge promove o software para enriquecer Musk em vez de beneficiar o público.
A equipe do Doge é liderada por Kyle Schutt e Edward Coristine, conhecido online como "Big Balls", que não comentaram. Além disso, o Doge tentou acessar e-mails de funcionários do Departamento de Segurança Interna e monitorar a adesão à agenda de Trump.
O Departamento de Defesa foi informado sobre uma ferramenta para monitorar atividades em computadores, mas seu uso não foi detalhado. Um porta-voz afirmou que o Doge não está envolvido no monitoramento.