Musk promete se distanciar do governo Trump após queda nos resultados da Tesla

Elon Musk anunciou que se afastará “significativamente” de seu trabalho com o governo dos EUA, dedicando mais tempo à Tesla, visando acalmar investidores após o pior trimestre da montadora.

O CEO afirmou que passará “muito mais” tempo na Tesla a partir do próximo mês, enquanto seu Departamento de Eficiência Governamental está “quase concluído”. Investidores pedem que Musk se concentre na montadora, que enfrenta quedas nas vendas e aumento de custos devido à guerra comercial.

Musk ressaltou que a Tesla não está em crise, apesar dos resultados negativos, e as ações subiram 7% no dia seguinte à teleconferência, mesmo sem atingir as estimativas de receita e lucro.

O CEO viu sua fortuna diminuir em US$ 116 bilhões no primeiro trimestre, enquanto Wall Street critica sua politicagem. Musk também indicou que continuará a colaborar com a administração Trump, mas de forma limitada.

A Tesla enfrentará novos desafios com tarifas sobre peças de automóveis e sistemas de armazenamento de energia, impactando sua lucratividade. Musk acredita que a empresa é "a menos afetada" por essas tarifas.

Protestos contra Musk e a Tesla têm aumentado, com consumidores pedindo boicotes. Musk afirmou que tais manifestações são "organizadas e pagas", o que foi contestado por grupos de protesto.

Ele aposta no futuro da Tesla em autonomia e inteligência artificial, com novos modelos programados para lançamento. O serviço de transporte autônomo começará em junho, iniciando com 10 a 20 veículos.

A Tesla revisará suas previsões no segundo trimestre, preparando suas fábricas para novos modelos e buscando minimizar riscos de custos com as cadeias de suprimentos.

Analistas acreditam que um Musk mais envolvido pode melhorar a imagem da Tesla e facilitar suas respostas a desafios futuros.