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Na Argentina, cresce pressão para que Milei atualize itens do índice de inflação

Revisão do índice de inflação argentina é cobrada para refletir gastos atuais e pode indicar elevação nos índices. Economistas alertam que uma nova metodologia pode impactar o governo Milei em ano eleitoral.

A inflação na Argentina caiu mais da metade nos últimos 12 meses, segundo o índice oficial do Indec, órgão estatal.

No entanto, há questionamentos sobre a validade desse índice, que inclui itens desatualizados como conta de telefone fixo, jornais impressos e cigarros.

A pressão aumenta para que o governo de Milei revise a composição do indicador, incluindo gastos contemporâneos como assinaturas de streaming e compra de celulares.

Além disso, é necessário rever o peso de cada indicador na composição do índice. Atualmente, alimentos e contas domésticas têm maior peso, enquanto saúde e educação são subrepresentados.

A maioria dos economistas acredita que a revisão poderia resultar em uma inflação mais alta. Dados de fevereiro mostraram avanço mensal de 2,5% e anual de 79,4%.

Uma alta da inflação poderia ser problemática para Milei, especialmente em um ano de eleições, com votação para renovar o Congresso em outubro. Uma taxa mais alta levaria a aumentos de salários e gastos públicos.

Milei reduziu a inflação por meio de medidas como manter o câmbio estável e cortes profundos nos gastos públicos. Contudo, um índice desatualizado pode aumentar as queixas da população sobre a realidade econômica.

Nesta quarta-feira, ocorreram novos protestos em Buenos Aires, contra o alto custo de vida e as dificuldades econômicas.

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