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Na Celac, Lula prega união na América Latina e alerta sobre ameaça de 'antigas hegemonias'

Lula convoca países da América Latina e Caribe a se unirem para enfrentar interferências externas e fortalecer a democracia. Ele defende a ampliação do comércio regional e a integração como essenciais para garantir a autonomia da região.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatiza a união e integração comercial entre países da América Latina e Caribe para enfrentar ameaças de grandes potências. A mensagem foi transmitida durante a 9ª Reunião de Cúpula da Celac, realizada em Tegucigalpa, Honduras.

Lula destacou que a autonomia da região está sob ameaça e que a América Latina vive “um dos momentos mais críticos de sua história”. Ele criticou a criminalização e deportação de migrantes em condições degradantes.

Defendeu a democracia, o combate às mudanças climáticas e a integração comercial como prioridades. Em 2023, apenas 14% das exportações da região foram entre países latinos. O comércio do Brasil com a Celac alcançou US$ 86 bilhões, maior que com os EUA e próximo da UE.

Lula anunciou que seu governo pretende reativar o ‘Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Aladi’ e expandir o ‘Sistema de Pagamentos em Moeda Local’ para facilitar o comércio regional.

O presidente também destacou a importância de assinar o acordo com a União Europeia e estreitar os laços com países centro-americanos, buscando avanços nas negociações.

Ele alertou que a integração regional é uma “tarefa inadiável”, que não deve ser paralisada por divergências ideológicas. Lula criticou a regra do consenso, que se transformou em um dificultador de unidade.

Por fim, Lula abordou o aumento de conflitos globais, afirmando que a região deve ser uma “zona de paz”. Ele defendeu o multilateralismo diante das ameaças à soberania, como o embargo a Cuba e sanções contra a Venezuela.

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