Na China, a ressaca: queda no consumo de bebidas alcoólicas gera desafios econômicos
A queda no consumo de bebidas alcoólicas na China reflete mudanças culturais e econômicas. Fabricantes buscam adaptação com produtos mais acessíveis e inovadores para atrair novos consumidores.
A indústria de bebidas alcoólicas na China, a maior do mundo, enfrenta desafios significativos.
Em 2021, o país consumiu 20% de todo o álcool produzido globalmente, gerando um quarto do valor do mercado internacional, segundo a consultoria IWSR.
Queda no consumo de bebidas tradicionais:
- A produção de baijiu caiu mais da metade desde 2016.
- A cerveja perdeu popularidade desde seu auge em 2013, com cinco das sete maiores cervejarias reportando queda nas vendas.
- O mercado de vinhos encolheu cerca de dois terços em cinco anos.
Pressões externas e internas:
- O governo reforçou sua campanha contra excessos, proibindo o consumo de álcool em eventos oficiais.
- O desaquecimento econômico, agravado pela pandemia, reduziu o consumo das famílias.
- Os jovens mostram menos interesse por álcool, preferindo bebidas à base de cafeína e açúcar, e rejeitando a cultura corporativa de consumo excessivo.
Impacto sobre o setor: Importadores de vinho enfrentam tarifas de até 218% e restrições devido a tensões comerciais com os EUA.
Futuro da indústria: Para lidar com a retração, fabricantes estão:
- Reduzindo preços de produtos populares, como coquetéis enlatados.
- Investindo em marcas “sub-premium” e consumo em casa.
- Lançando novos produtos, como o licor de ameixa de teor alcoólico leve, com vendas crescentes.
O mercado chinês tornou-se mais seletivo, focando em consumidores que realmente apreciam bebidas. Para sobreviver, as empresas precisarão inovar e se adaptar às novas preferências e restrições do mercado.
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