Na China, jovens desempregados pagam para 'fingir' que têm emprego
Jovens na China pagam para simular empregos em escritórios, buscando disciplina e bem-estar em meio à crise de desemprego. Essa prática reflete a frustração com a escassez de oportunidades e a necessidade de adaptação às exigências do mercado.
Desemprego juvenil na China leva jovens a pagar por espaços de trabalho simulados.
A taxa de desemprego entre jovens no país ultrapassa 14%. Desempregados optam por pagar cerca de 30 yuans por dia (R$ 22,80) para frequentar escritórios que simulam um ambiente de trabalho.
Esses espaços oferecem:
- Internet
- Salas de reunião
- Áreas de descanso
- Almoço e lanches (em alguns locais)
Cerca de 40% dos frequentadores são recém-formados que buscam provas de estágio. Os demais incluem freelancers e nômades digitais.
Especialistas afirmam que o fenômeno é reflexo da frustração com a escassez de vagas e o descompasso entre formação e mercado. Para alguns, a rotina nesses espaços traz disciplina e bem-estar.
A viabilidade financeira desses serviços é incerta, e muitos o consideram um experimento social que pode ajudar a gerar oportunidades reais.