Na dúvida entre proteger picanha ou reputação, varejo investe em IA contra furtos; veja vídeo
Furtos nas lojas têm gerado prejuízos significativos ao varejo brasileiro, com perdas de R$ 9,7 bilhões em 2024. Para combater esse problema, os comerciantes estão adotando tecnologias avançadas, como inteligência artificial e monitoramento rigoroso, visando proteger tanto seu patrimônio quanto sua reputação.
Gilmar, um supermercadista da Bahia, descobriu que o cliente amigo na verdade furtava carne de sua loja, ilustrando o problema de furtos no varejo. Em 2024, o varejo brasileiro perdeu R$ 9,7 bilhões com furtos, sendo 70% por clientes e 30% por colaboradores.
A KPMG e a Abrappe apontam que o índice médio de perdas foi de 1,51%, preocupante em um setor com margem de lucro média de 2%.
Os varejistas estão investindo em tecnologia como inteligência artificial, biometria e reconhecimento facial para combater furtos. Mathieu Le Roux, da Veesion, destaca que 60% dos furtos são cometidos por clientes regulares.
O Carrefour implementou mudanças após um episódio violento em 2020, priorizando a vida e a imagem em detrimento do patrimônio. Protocolos envolvem agora vigilantes como funcionários e uso de câmeras corporais.
A pesquisa da Abrappe revelou um aumento de furtos, incluindo itens de alto valor, como canetas emagrecedoras. A Pague Menos adotou modelos preditivos para prevenir perdas.
Os caixas de autoatendimento estão sendo equipados com IA para garantir que todos os produtos sejam escaneados corretamente. Os itens mais visados, como café e carnes, são os que mais aumentaram de preço.
Os dados mostram que as lojas de conveniência e de vizinhança apresentam os maiores índices de perda, com 3,8% e 3,3%, respectivamente. O varejo investe cerca de 1,1% do faturamento líquido em prevenção de perdas, priorizando essa abordagem para evitar prejuízos.