Na fronteira entre México e EUA, tarifaço de Trump amedronta: ‘Vai deixar muita gente sem trabalho’
Caminhoneiros e trabalhadores de Tijuana temem impacto das tarifas de Trump no emprego e na economia local. Presidente do México promete um plano econômico abrangente para enfrentar a incerteza gerada pelas novas imposições comerciais.
Raúl Hernández, caminhoneiro, enfrenta fila na fronteira entre México e Estados Unidos carregado com veículos Toyota, preocupado com as tarifas de Donald Trump.
Embora México e Canadá tenham sido isentos de novos impostos, já enfrentam uma tarifa de 25% sobre a indústria automobilística, crucial para o T-MEC.
Hernández destaca que essas tarifas podem deixar muitos sem trabalho, afetando a economia local. Ele afirma: “Se as fábricas pararem, isso prejudica o México.”
Outro caminhoneiro, Omar Zepeda, também transporta caminhonetes Toyota e prevê uma queda nos empregos: “O trabalho conosco vai diminuir bastante.”
As tarifas sobre automóveis, aço e alumínio buscam pressionar o México a combater a migração ilegal e o tráfico de fentanil.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, reconhece a incerteza e planeja anunciar um plano econômico na quinta-feira para enfrentar a situação.
Em Tijuana, onde a pobreza e a criminalidade são altas, o impacto das tarifas não afeta apenas os trabalhadores de fábricas e transportes. Charito Moreno, que vende burritos, alerta que empregos são interdependentes.
Aumento de burocracia também é observado: Antonio Valdez diz que antes a papelada levava uma hora, agora dura o dia todo.
Por fim, Alejandro Espinoza argumenta que o México deveria retaliar as tarifas: “Se eles impuserem tarifas, não vamos lhes enviar abacates.”