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Na liderança do Mercosul, Lula tentará buscar uma saída pelo Pacífico para o bloco

Brasil retoma negociações com a Aliança do Pacífico em resposta ao protecionismo dos EUA. A estratégia busca ampliar acordos comerciais e fortalecer a integração política na América Latina.

Retomada das Negociações

Com a ofensiva protecionista de Donald Trump, o Brasil busca reativar as negociações entre Mercosul e Aliança do Pacífico (AP), com foco em estreitar laços comerciais.

A proposta, em estágio inicial, visa desbloquear futuros acordos comerciais e aumentar a integração política. As últimas discussões ocorreram em 2021, mas não resultaram em avanços. O Chile já está retomando as tratativas.

Após reunião entre os presidentes Lula e Gabriel Boric, o Brasil espera convencer os demais integrantes do Mercosul—Argentina, Uruguai e Paraguai—a ampliar essa agenda.

Crescimento do Bloco

O Mercosul assinou uma parceria comercial com Cingapura em 2023 e espera finalizar acordos com a União Europeia e a Efta em breve. Estão em pauta negociações com Emirados Árabes, Japão, Vietnã e Canadá.

Impacto na América Latina

O Mercosul e a Aliança do Pacífico representam 80% da população e 85% do comércio da América Latina. A integração é considerada baixa em comparação a outras regiões.

A Opinião dos Especialistas

A professora Flavia Loss destaca que a AP facilita o acesso à Ásia, beneficiando o Mercosul. O ex-secretário Welber Barral aponta que os efeitos práticos de um acordo podem ser limitados devido a tratados existentes.

Pressões Internas

O presidente argentino Javier Milei pressiona por um acordo com os EUA, solicitando que o Mercosul negocie ou permita negociações individuais. A lista de exceções à Tarifa Externa Comum (TEC) foi ampliada, aumentando a possibilidade de negociações.

O Brasil também tem margem para negociar, mas a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidirá os produtos, visando proteger a indústria nacional.

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