Na mira de Moraes, defesa pede liberdade para Marcelo Câmara
Defesa argumenta que Marcelo Câmara não descumpriu restrições e alega que os contatos foram iniciados por Mauro Cid antes das proibições. Advogado solicita revogação da prisão preventiva diante da falta de evidências que comprovem obstrução de investigação.
Defesa de coronel Marcelo Câmara pede revogação de sua prisão preventiva. O pedido foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 23.
O advogado Eduardo Kuntz argumenta que Câmara contatou o tenente-coronel Mauro Cid por iniciativa própria antes da decisão do ministro Alexandre de Moraes que o impediu de falar com outros investigados.
Segundo a defesa, os contatos ocorreram sem qualquer restrição em relação à incomunicabilidade, afirmando que não houve descumprimento da determinação do STF.
A prisão de Marcelo Câmara foi decretada após o advogado apresentar ao STF mensagens trocadas com Mauro Cid via Instagram, pelo perfil “Gabriela” (@gabrielar702).
O ministro Moraes acusou Câmara de tentar obter informações sigilosas sobre a delação premiada de Cid, configurando possível obstrução à investigação. Assim, um inquérito foi instaurado.
Câmara também é acusado de descumprir uma decisão que o proibia de usar redes sociais e de contatar outros investigados, incluindo por terceiros.
A defesa argumenta que as conversas ocorreram em março de 2024, enquanto as restrições foram impostas em maio do mesmo ano. Kuntz defende que Câmara não teve participação ou conhecimento dos contatos entre Cid e seu advogado, reforçando que não há evidências que provem o contrário.