Na véspera de julgamento no STF, Bolsonaro diz ser alvo de “narrativas”
Bolsonaro defende sua inocência e critica a delação de Mauro Cid, numa série de declarações feitas um dia antes do STF decidir sobre as denúncias. A corte irá avaliar se há indícios suficientes para torná-lo réu na tentativa de golpe de Estado de 2022.
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirma ser alvo de “narrativas” antes da decisão do STF sobre sua possível acusação de golpe de Estado em 2022. A declaração foi dada em entrevista ao podcast Inteligência Ltda.
Bolsonaro é parte do primeiro grupo denunciado pela PGR, que representava o núcleo central da organização criminosa responsável pelas ações. Durante a entrevista, ele criticou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, a qual descreveu como “viciada”.
O STF avaliará, em três sessões extraordinárias, se Bolsonaro e outras sete pessoas se tornarão réus por tentativas de impedir a posse do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A análise dos argumentos preliminares será feita pelos cinco ministros da Turma. O presidente, Cristiano Zanin, designou as sessões para os dias 25 e 26 de março.
O STF implementou um esquema de segurança especial para as sessões, incluindo controle de acesso e monitoramento.
O julgamento seguirá o ritual regimental: Zanin abrirá a sessão, e o ministro Alexandre de Moraes lerá o relatório. O procurador-geral, Paulo Gonet, apresentará a acusação.
Cada defesa terá 15 minutos para argumentar, com a expectativa de que os votos dos ministros ocorram nos dias 25 e 26. As deliberações serão transmitidas ao vivo pela TV Justiça.