Nações podem aprender com o Pix, diz Nobel da Economia: ‘Brasil inventou o futuro do dinheiro?’
Paul Krugman elogia o Pix como um exemplo de inovação financeira que pode servir de modelo para outros países. Ele critica a resistência dos EUA em adotar um sistema semelhante, citando a influência do setor financeiro sobre a política.
Paul Krugman, economista e vencedor do Nobel de Economia de 2008, questiona se o Brasil “inventou o futuro do dinheiro” com o uso do Pix, sistema de pagamento eletrônico instantâneo implementado em 2020.
O Pix foi mencionado em investigações do governo dos EUA sobre práticas comerciais do Brasil, acusando o país de "diversas práticas injustas". Autoridades brasileiras suspeitam que isso seja resultado de lobby das empresas de cartões de crédito, como Mastercard e Visa.
No artigo, Krugman menciona a aprovação de um projeto de lei nos EUA que limita o Federal Reserve na criação de uma moeda digital do Banco Central (CBDC). Ele questiona a oposição dos republicanos e sugere que o temor é que a CBDC rivalize com contas bancárias privadas.
O economista elogia o Brasil como líder em inovação financeira, destacando a intenção do país de criar uma moeda digital e o sucesso do Pix, que se tornou essencial, sendo utilizado por 93% dos adultos.
Krugman compara o Pix ao sistema Zelle dos EUA, ressaltando que o Pix é mais eficiente, com pagamentos liquidáveis em apenas três segundos, comparado a vários dias para cartões de crédito.
O custo das transações pelo Pix é baixo e gratuito para pessoas físicas. Ele prevê que os EUA não terão um sistema semelhante em breve, devido ao poder do setor financeiro.
A conclusão de Krugman aponta que outros países podem aprender com o sucesso do Brasil, enquanto os EUA permanecem limitados por interesses particulares e a resistência à inovação no setor público.