Não aceitarei gasto “eleitoreiro”, diz líder da comissão do Orçamento
Senador Efraim Filho reafirma compromisso com controle fiscal e avisa que projetos voltados para eleições não terão apoio da CMO. Ele criticou possíveis tentativas do governo de aumentar gastos em programas como Vale Gás e Pé-de-Meia em ano eleitoral.
Senador Efraim Filho, presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), afirmou que não permitirá aumento de gastos em projetos eleitoreiros para 2026, citando os programas Pé-de-Meia e Vale Gás.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Efraim manifestou desconfiança sobre possíveis tentativas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de ampliar recursos para esses programas no próximo ano, ano de reeleição.
A declaração surge após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar medidas tributárias para compensar o recuo no aumento do IOF. As propostas incluem maior taxação sobre bets e a tributação de títulos de renda fixa isentos, como LCI e LCA.
Efraim, que é parte da base aliada do governo, expressou preocupação com a insistência em aumentar impostos pela equipe econômica.
A CMO foi instalada em 10 de abril e a relatoria da PLOA de 2026 ficou com o líder do MDB, Isnaldo Bulhões. A relatoria da LDO de 2026 é do deputado Carlos Zaratini (PT-SP).
No discurso inaugural, Efraim enfatizou o equilíbrio fiscal como premissa da comissão, visando evitar gastança desenfreada que afeta a sociedade. Ele destacou que esse equilíbrio deve ser alcançado tanto pelo lado da receita quanto pelo controle das despesas, reduzindo custos e eliminando desperdícios.