Não acho que IOF pode atrapalhar reforma da renda, diz Haddad
Ministro da Fazenda defende que o impasse do IOF não impacta a reforma do Imposto de Renda. Haddad critica supostas ameaças de congressistas e reafirma a necessidade de uma solução legal para a questão.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não recebeu indícios do Congresso sobre possíveis impactos na aprovação da reforma do Imposto de Renda devido ao impasse do IOF.
A informação foi dada na quarta-feira (2.jul.2025) após reunião em Buenos Aires. Haddad considerou que sugestões de que a judicialização do IOF poderia prejudicar a população mais pobre seriam uma “ameaça”.
Durante a entrevista, ele se mostrou crítico a perguntas sobre a relação entre o STF e o apoio à reforma. A jornalista que questionou Haddad mencionou ter recebido sinalizações de congressistas, o que foi negado pelo ministro.
Haddad defendeu a judicialização do IOF como um caminho “legal” e minimizou o impasse, afirmando que o governo queria aumentar o imposto para reforçar a arrecadação, mas o Congresso rejeitou a proposta.
Arrecadação estimada com o aumento do IOF seria de R$ 12 bilhões. A aprovação da derrubada do decreto em 25 de junho foi considerada a “pior derrota” do governo Lula e Haddad.
No Congresso, a Câmara votou 383 a 98 a favor da revogação do aumento do IOF. As bancadas do PT, PV, PCdoB, Psol e Rede orientaram voto contra, enquanto União Brasil, PP, PSD, e outros, votaram a favor.
No Senado, a votação foi simbólica, e o presidente Davi Alcolumbre declarou que a decisão representou uma “derrota para o governo”.
Principais desdobramentos do impasse do IOF:
- Reuniões sobre o IOF e derrubada do aumento
- Reações do Congresso e do empresariado
- Alegações de Haddad sobre a falta de sinalizações
- Atuação do STF na judicialização do imposto