Não é função da Abin fiscalizar as urnas, diz Moraes
Ministro Alexandre de Moraes enfatiza que a Abin não deve intervir na fiscalização das urnas eletrônicas e critica a tentativa de deslegitimação do processo eleitoral. A 1ª Turma do STF avalia a denúncia contra Jair Bolsonaro e sete aliados por organização criminosa e golpe de Estado.
Ministro do STF responde defesa de Alexandre Ramagem
No dia 26.mar.2025, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que não é função da Abin fiscalizar urnas eletrônicas. O deputado Ramagem, ex-chefe da Abin, foi denunciado por instruir um grupo de trabalho a verificar a confiabilidade dos equipamentos.
Moraes destacou: “Ela não é órgão jurídico consultor para embasar cumprimentos ou não de decisões judiciais”. Também mencionou a tentativa de deslegitimar as urnas por grupos ligados ao ex-presidente e citou a participação da Abin no processo.
Ramagem foi diretor-geral da Abin durante o governo Bolsonaro (2019-2022). Durante a defesa no dia anterior, o advogado citou a função da Abin na segurança das urnas, questionado pela ministra Cármen Lúcia.
A análise da denúncia contra Jair Bolsonaro e 7 aliados será finalizada na mesma data. A 1ª Turma do STF decide se existem elementos suficientes para iniciar uma ação penal.
O julgamento refere-se ao núcleo central da alegada organização criminosa. Na manhã do dia 25.mar, a 1ª sessão de julgamento teve início, presidida pelo ministro Cristiano Zanin. Moraes reafirmou o tipo de crime como tentativa de golpe de Estado.
Os ministros votaram e rejeitaram todas as teses preliminares das defesas, com exceção de uma que ficou dividida. A sessão terminou às 17h20 e foi retomada às 9h30 do dia 26.mar para decidir sobre o mérito da denúncia.
Próximos passos:
- Se a denúncia for aceita, inicia-se uma ação penal.
- Supremo ouvirá testemunhas e conduzirá investigações.
- Novas datas para análise de outros grupos denunciados já estão marcadas.
Acompanhe a cobertura completa do julgamento na plataforma Poder360.