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Não é só Bolsonaro: 13,5% das prisões do Brasil são domiciliares com uso de tornozeleira eletrônica

Cresce a adoção de prisão domiciliar com monitoramento eletrônico no Brasil, refletindo uma busca por alternativas ao encarceramento. Medidas cautelares e proteção a vítimas estão entre os fatores que impulsionam essa mudança no sistema penal.

Dados do relatório Segurança em Números 2025, divulgados em 24 de outubro, revelam que 13,5% da população prisional brasileira cumpre pena em regime domiciliar com monitoramento eletrônico.

Esse percentual representa cerca de 123 mil pessoas de um total de 909.594 detentos no país, utilizando a tornozeleira eletrônica para monitoramento fora do ambiente penitenciário.

A tornozeleira tem sido utilizada em decisões de primeira instância e em concessões de instâncias superiores, como no caso do ex-presidente Jair Bolsonaro durante o inquérito das milícias digitais.

Crescimento das prisões domiciliares:

  • Uso crescente da tornozeleira eletrônica como alternativa para reduzir a superlotação prisional.
  • 20,3% da população carcerária trabalha sob monitoramento.
  • Adoção de monitoramento remoto para proteger vítimas de violência doméstica, com base na Lei Maria da Penha.

A distribuição desse tipo de prisão varia entre estados, dependendo da capacidade técnica e infraestrutura do sistema penal.

O relatório também indica um déficit nacional de vagas prisionais de 10,6%, pressionando o Judiciário a aplicar medidas alternativas, especialmente para réus primários e mulheres gestantes.

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