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Não existe ponto final para a evolução da IA, diz Amy Webb

Amy Webb destaca o talento brasileiro para a inteligência artificial, mas ressalta a necessidade de mudanças estruturais para que o país se torne competitivo globalmente. A inércia do governo Lula em implementar um plano de IA preocupa a especialista, que vê oportunidades na modernização da economia.

Amy Webb, presidente-executiva do Future Today Strategy Group (FTSG), destacou o potencial do Brasil em inteligência artificial (IA), mas também seus desafios estruturais para se destacar globalmente. Em entrevista ao Valor, ela mencionou que o governo de Lula tem demonstrado inatividade ao desistir de um decreto para o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (Pbia).

Webb, que discutiu a “inteligência viva” - uma fusão de IA, sensores e biotecnologia - alertou que as empresas devem evoluir continuamente na adoção de novas tecnologias. Ela criticou a pressão por resultados imediatos.

Sobre o impacto da IA no mercado de trabalho, ela expressou preocupação com a Índia, que pode enfrentar instabilidade devido à automação. No entanto, observou que o Brasil, ainda baseado em indústrias antigas, tem oportunidades de modernização e de se tornar um epicentro agrícola.

Webb citou a estrutura complexa do Brasil, como suas 4.000 pequenas empresas de telecomunicações, e sugeriu mais parcerias público-privadas para expandir o ecossistema de IA. Para competir globalmente, o Brasil precisaria de ação rápida.

Ela ainda comentou sobre a competição EUA-China, observando que a China avança rapidamente em tecnologias fundamentais. Por fim, Webb previu que, embora a OpenAI seja crucial, as grandes gigantes tecnológicas ainda dominam o cenário, e destacou que a percepção sobre o metaverso foi errada.

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