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“Não gostava da ideia”, diz Galípolo sobre aumento do IOF

Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, manifesta resistência ao aumento do IOF e destaca que as discussões sobre medidas fiscais não foram detalhadas com o ministro da Fazenda. Ele elogia a decisão de Haddad de retroceder na proposta após feedback negativo do mercado financeiro.

Presidente do BC, Gabriel Galípolo, comentou que não é a favor do aumento do IOF como ajuste fiscal e não discutiu isso com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, antes do anúncio de mudança.

Galípolo participou de uma reunião para tratar da PEC que amplia a autonomia do BC, mas não sobre medidas fiscais. Haddad informou o congelamento de R$ 31 bilhões no Orçamento de 2025 e elogiou o ministro por reverter a decisão sobre o IOF.

O IOF aumentaria a arrecadação em R$ 20,5 bilhões em 2025, mas foi revogado após reações negativas. A alíquota para investimentos de fundos nacionais no exterior voltou à estaca zero.

Haddad explicou que Galípolo não deve responder por questões da Fazenda e que a análise sobre o IOF não foi criteriosa. O secretário-executivo, Dario Durigan, confirmou que Haddad discutiu o tema com Galípolo.

Além disso, o BC aumentou a taxa Selic para 14,75% ao ano devido a preocupações com a inflação. A taxa do IPCA foi de 5,53% em 12 meses até abril.

Galípolo apontou que a expectativa de inflação está desancorando e que o crescimento econômico surpreendeu. O Copom observou que o mercado de trabalho está aquecendo, mas sinalizou que a Selic permanecerá alta por um tempo considerável, com cortes possíveis apenas em 2026.

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