Não há discussão sobre levar tarifaço de Trump à OMC, diz Alckmin
Alckmin ressalta a necessidade de esperar um "fato concreto" antes de levar a questão da tarifa dos EUA à OMC. O governo brasileiro se prepara para negociar, mantendo a separação dos Poderes como base das relações internacionais.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, afirmou que o governo Lula ainda não está discutindo acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio) em resposta ao tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos.
O ministro disse que é preciso esperar a implementação da tarifa, prevista para 1º de agosto, e descreveu o processo burocrático necessário para tais medidas.
Alckmin explicou: “Só pode entrar na OMC com fato concreto... Tem 2 caminhos: consultas e, depois, o painel”. Ele minimizou o impacto das restrições judiciais impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que influenciaram a decisão de Trump.
A carta de Trump, pedindo o fim da ação contra Bolsonaro, foi publicada na 5ª feira (17.jul). O ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, determinou que Bolsonaro usasse tornozeleira eletrônica.
Alckmin enfatizou a importância da separação dos Poderes e afirmou que decisões judiciais não devem afetar negociações comerciais, citando Montesquieu: “Os Poderes são independentes.”
Questionado sobre a seriedade de Trump's discurso, Alckmin disse apenas: “Vamos fazer a nossa parte, que é diálogo e negociação.”
Bolsonaro é réu no STF desde 26 de março, acusado de envolvimento em tentativa de golpe de Estado.