Não há genocídio em Gaza, e críticas de organizações são enviesadas, diz historiador
Historiador contestou a noção de genocídio na Faixa de Gaza, argumentando que as ações israelenses são direcionadas ao Hamas e não têm a intenção de exterminar um grupo étnico. Seu estudo critica a qualidade das informações vindas de autoridades de saúde de Gaza e defende a necessidade de analisar os dados de maneira abrangente e crítica.
Danny Orbach, historiador da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirma que não há um genocídio na Faixa de Gaza, e que alegações de fome generalizada são exageradas. Ele lançou um estudo, "Desmascarando as acusações de genocídio", que rejeita que as ações de Israel possam ser qualificadas como genocidas.
Orbach considera vergonhosas as afirmações de genocídio, argumentando que Israel busca minimizar mortes civis ao combater o Hamas. O estudo analisa dados de diversas fontes para identificar inconsistências nas informações divulgadas e critica os vieses de organizações humanitárias.
Embora enfrentando críticas de outros acadêmicos, o estudo justifica que a definição de genocídio foi alargada de forma incorreta. Orbach utiliza exemplos históricos, como a Operação Fome dos EUA na Segunda Guerra Mundial, para embasar sua posição sobre a intenção necessária para caracterizar genocídio.
A Corte Internacional de Justiça determinou que Israel deveria permitir acesso à ajuda humanitária em Gaza, mas não classificou a operação como genocídio. Orbach reconhece que existem crimes de guerra, criticando decisões do governo israelense sobre a ajuda humanitária.
Ele destaca que análises do conflito devem considerar a interatividade entre as ações de ambos os lados, mencionando a tática do Hamas de utilizar infraestrutura civil. O estudo dedica capítulos ao exame da qualidade das informações de saúde em Gaza e à entrada de ajuda humanitária.
Orbach conclui que é essencial entender os fatos antes de discutir questões éticas e jurídicas, enfatizando que muitos moldam a realidade para se adequar a suas perspectivas.