“Não há salvação fora da cadeia nuclear”, diz Silveira
Ministro destaca a importância da energia nuclear para o futuro energético do Brasil e defende a continuidade da construção da usina Angra 3. A conclusão da obra depende de uma reforma completa na Eletronuclear para assegurar a eficiência e segurança necessárias.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a ampliação da matriz energética nuclear nesta terça-feira (18.mar.2025). Ele ressaltou a importância da energia nuclear, especialmente com o aumento da demanda por data centers e inteligência artificial.
Silveira afirmou que o Brasil possui a 7ª maior reserva de urânio do mundo e que a energia nuclear é o futuro, especialmente com o advento dos pequenos reatores. O ministro também mencionou que o país já produz parte do combustível para Angra 1 e 2.
Em fevereiro, o MME apresentou um relatório ao CNPE defendendo a continuidade da obra de Angra 3, que foi iniciada nos anos 80, mas suspensa desde 2015. A decisão de retomar a construção foi adiada até que a Eletronuclear passe por uma reformulação completa.
Silveira afirmou que a Eletronuclear não oferece a segurança necessária para executar uma obra dessa magnitude. Ele está trabalhando com o MGI para modernizar a estatal.
O custo estimado para concluir a usina é de R$ 23 bilhões, com 90% vindo de financiamentos e 10% pagos pelos acionistas, incluindo a União e a Eletrobras. Atualmente, apenas 65% das obras foram concluídas.