'Não há vício de constitucionalidade. Zero', diz Haddad sobre decreto de Lula que elevou IOF
Haddad defende a constitucionalidade do aumento do IOF e destaca ações do governo para o ajuste fiscal, incluindo o congelamento de despesas. O ministro critica a falta de apoio das forças de direita em prol de interesses nacionais e reafirma a busca por soluções para a desigualdade.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defende a constitucionalidade do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles, que "não há vício de constitucionalidade. Zero."
A ação do governo no Supremo Tribunal Federal (STF) visa questionar o decreto legislativo que sustou o aumento do IOF, defendendo não apenas o decreto de Lula, mas também a prerrogativa constitucional do chefe do Executivo.
Haddad rebateu críticas sobre a falta de ajuste fiscal nas despesas, destacando o congelamento de R$ 30 bilhões em gastos desde maio, especialmente na pasta da Defesa, considerada importante pelos "patriotas".
Ele criticou a extrema direita, afirmando que não colabora com os interesses nacionais e que o governo não pode deixar as Forças Armadas "sem recurso" em prol dos empresários.
Sobre o veto das eólicas offshore, Haddad opinou que os congressistas do PT errou ao apoiar a derrubada. Ele afirmou que o governo busca uma solução para a conta da energia elétrica, priorizando o combate à desigualdade.
Além disso, o ministro ressaltou que "o ajuste fiscal não pode recair apenas sobre os pobres", e mencionou que os gastos tributários totalizam R$ 800 bilhões em renúncia fiscal.