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'Não quero morrer de forma lenta e dolorosa': as horas finais de homem que optou por morte assistida

Wayne Hawkins testemunha sua morte assistida em San Diego, enquanto o Reino Unido debate a legalização da prática. Família e médicos acompanham o processo, que levanta questões éticas e pessoais sobre o direito de escolher o fim da própria vida.

Wayne Hawkins, de 80 anos, decide optar pela morte assistida em seu bangalô em San Diego, Califórnia. Ele tem uma doença terminal e deseja evitar uma morte dolorosa.

Hawkins convidou a BBC News para acompanhar seu último dia, já que sua decisão foi aprovada por dois médicos, conforme as leis californianas. O médico Donnie Moore esteve presente para supervisionar o processo.

Após tomar comprimidos contra náuseas, Hawkins ingere um líquido cor-de-rosa, uma mistura letal de cinco drogas. Ele expressou que prefere essa escolha a morrer lentamente e cheio de dor.

A decisão de Hawkins é parte de um contexto maior: o projeto de lei que tramita no Reino Unido sobre a legalização da morte assistida. Se aprovado, permitirá que pessoas com doenças terminais façam pedidos semelhantes.

Stella, sua esposa, apoia sua decisão, refletindo sobre o sofrimento que ele já enfrentou. O projeto de lei britânico, elaborado por Kim Leadbeater, permitirá a escolha consciente para adultos com expectativa de vida de seis meses ou menos.

O debate sobre a morte assistida gera opiniões divergentes. Enquanto alguns defendem a liberdade de escolha, outros expressam preocupações sobre a coerção e a qualidade dos cuidados paliativos.

Após ingerir o líquido, Hawkins se despede da família com um "Boa noite" e, em minutos, entra em um sono profundo, do qual não despertará. Ele falece às 12h22, deixando uma marca indelével em seus entes queridos.

Esta experiência destaca as implicações da morte assistida, tanto na Califórnia quanto nas discussões em andamento no Reino Unido, refletindo sobre o que significa escolher a própria morte.

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