Não sabemos como “sanha tarifária” de Trump vai acabar, diz Haddad
Ministro destaca incertezas sobre os efeitos das novas tarifas dos EUA no comércio com o Brasil. Haddad acredita que a desvalorização do dólar pode ajudar a controlar a inflação no país.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que ainda não é possível avaliar os impactos das novas tarifas dos EUA ao Brasil, chamando a política protecionista de “sanha tarifária”.
Haddad participou do Arko Conference em São Paulo e mencionou reuniões com representantes de outros países, como o Canadá, para discutir as práticas norte-americanas.
Ele acredita em uma possível desvalorização do dólar conforme as medidas avançam, ressaltando que as incertezas trazidas pela retórica dos EUA impactam o cenário econômico.
O dólar fechou a 6ª feira (28.mar) em alta, a R$ 5,76. As novas tarifas para carros importados, com alíquotas de 25%, foram anunciadas por Trump e começam a valer em 2 de abril.
Taxações adicionais para aço e alumínio, também de 25%, entraram em vigor em 21 de março. O impacto para o Brasil pode ser significativo, com os EUA sendo o maior comprador de aço e o segundo de alumínio do país.
Estudos indicam que a nova taxação pode resultar em perdas de até US$ 1,5 bilhão nas exportações brasileiras, segundo o Ipea, enquanto o Bradesco estima uma redução de US$ 700 milhões.