'Não vejo sinal de desdolarização, mas países usando moedas próprias e busca por segurança', diz Dilma
Dilma Rousseff destaca que, apesar do aumento do uso de moedas locais, o dólar continua sendo um ativo de reserva fundamental. Ela ressalta a busca por segurança econômica entre os países, que evita o abandono total da moeda americana.
Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), afirmou que não vê sinais de desdolarização no mundo, mas um aumento no uso de moedas próprias entre os países. Em coletiva após o 10º Encontro Anual do NBD, no Rio de Janeiro, ela destacou que a situação atual é diferente da crise financeira de 2008, onde houve uma corrida ao dólar.
Segundo Dilma, “isso não significa que a condição de ativo de reserva de valor do dólar esteja comprometida”. Ela observou que muitos países estão adotando suas moedas para transações comerciais, utilizando a correspondência entre elas.
Ela também enfatizou a busca por segurança nas transações: “Todos queremos segurança. Ninguém quer sofrer as consequências de ficar no pé errado”. Apesar da diversificação das moedas, o sistema financeiro permanece dolarizado.
Além disso, Dilma ressaltou que nenhum país deseja assumir o lugar dos Estados Unidos e do dólar devido às consequências econômicas. A moeda hegemônica oferece financiamento a custo baixo para déficits, mas prejudica a indústria local.