'Não vou fugir', diz Evo Morales, ao afirmar que seguirá lutando caso direita vença eleição na Bolívia
Evo Morales reafirma seu compromisso com a luta política na Bolívia, mesmo sob acusação e com a possibilidade de uma derrota eleitoral. O ex-presidente promete não abandonar sua base, desafiando o atual governo e seus opositores.
Evo Morales, ex-presidente da Bolívia foragido da Justiça, afirmou em entrevista à AFP que continuará sua luta nas ruas e estradas, antecipando a vitória da direita nas eleições de domingo (17).
Morales, que governou de 2006 a 2019, planejava concorrer a um quarto mandato, mas foi impedido por uma decisão do Tribunal Constitucional que limita mandatos.
Desde o ano passado, ele se esconde em Lauca Eñe, Cochabamba, para evitar um mandado de prisão por tráfico de menores, acusação que nega.
Ele declarou que não deixará a Bolívia mesmo que a direita vença, dizendo: "Vou me defender, não vou embora".
Pesquisas indicam um acirrado duelo entre Samuel Doria Medina e Jorge Quiroga, potencias adversários de Morales, que podem se enfrentar no segundo turno em 19 de outubro.
Morales, que se exilou em 2019 após renunciar sob protestos e acusações de fraude, prometeu não dar trégua ao novo governo e continuar sua luta contra Luis Arce, a quem acusa de conluio para excluí-lo da disputa eleitoral.