‘Não vou ligar para o Trump para conversar (sobre tarifas), porque ele não quer’, diz Lula
Lula critica taxações dos EUA e defende o respeito ao Brasil no cenário internacional. O presidente também ressalta a importância do multilateralismo e a soberania brasileira diante das interferências externas.
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o anúncio de novas taxações dos Estados Unidos ao Brasil, afirmando que o país merece respeito.
Durante a abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), Lula destacou que Trump poderia ter dialogado antes de tomar tal atitude. Ele enfatizou que a questão é eleitoral, não política.
Lula reafirmou o papel do Brasil como um exemplo de negociação e criticou a visão negativa que alguns têm do país. Ele declarou estar cansado de ser tratado como parte do Terceiro Mundo.
Ele também se referiu ao dia 30 de julho de 2025 como um marco lastimável nas relações Brasil-EUA, ressaltando a importância da soberania nacional.
Outro tema abordado por Lula foi o sistema Pix, que, segundo ele, preocupa os EUA pois pode ameaçar os cartões de crédito. Ele defendeu o Pix como um patrimônio nacional.
Lula afirmou que não há justificativas para as medidas unilaterais dos EUA e considerou as alegações sobre o Pix e o desmatamento como descabidas.
O presidente planeja ligar para Trump e convidá-lo para a COP-30 em 2025, desejando discutir questões climáticas. Ele mencionou que a dívida externa do Brasil é uma "pneumonia" enquanto a Amazônia é o "pulmão do mundo".
Lula elogiou o ministro Fernando Haddad, ressaltando a complexidade de governar um país com diversas necessidades.
Ele lamentou que a saída do Brasil do Mapa da Fome da ONU foi ofuscada pelo tarifaço dos EUA, mencionando que as parcelas mais pobres formam um "exército de invisíveis" que só ganham atenção em épocas de eleição.
Por fim, Lula destacou a dificuldade de comunicar todas as ações do governo devido à escassez de recursos para comunicação.
```