Nas ruas de São Paulo, concreto dá lugar a fachadas e estruturas de madeira nas edificações

Mudança na paisagem de São Paulo: fachadas de concreto estão sendo substituídas por construções sustentáveis de madeira engenheirada, na modalidade wood frame.

A madeira é composta por lâminas finas unidas com adesivos e recebe tratamento para aumentar sua resistência a fungos, umidade e cupins.

Empreendimentos em destaque:

• Noah Tech e Engeform: três empreendimentos corporativos em Pinheiros, entrega em 2026.
• Alea (construtora Tenda): foco em residenciais.

A construção com madeira engenheirada é mais rápida, emite menos carbono e gera quase nenhum entulho. O uso de peças pré-fabricadas reduz os riscos de atrasos e não consome água no canteiro de obras.

Custo: Sylvio Pinheiro, da G+P Soluções, estima que essas obras são 20% mais caras que as tradicionais, mas compensam pela redução de mão de obra e tempo de construção.

Segundo Luis Martini, da Alea, a mão de obra pode ser reduzida em até 94%. Uma casa tradicional precisa de oito pessoas, enquanto no wood frame, um profissional realiza o trabalho.

A Alea utiliza madeira pinus de reflorestamento com selo FSC e possui a capacidade de produzir 10 mil casas por ano.

Projetos notáveis:

• Crosslam: entrega do Aurora 275, um dos maiores prédios residenciais de madeira em Suzano, misturando MLC e CLT, com dez apartamentos de 74 m².
• Previsão de 12 novas entregas em 2025.
• Construção do prédio da Henkel em Jundiaí, 3 mil m², com montagem prevista para 75 dias.

Vantagens: menor necessidade de manutenção e maior isolamento térmico. Renato Simonsen destaca a experiência do Brasil no manejo florestal.

Nicolaos Theodorakis, da Noah Tech, ressalta o impacto visual positivo e a diminuição da poluição sonora nas construções de madeira.