HOME FEEDBACK

Nasa e China planejam instalar reatores nucleares na Lua: especialista explica estes projetos à luz do direito espacial

A construção de usinas nucleares na Lua está se tornando o foco da nova corrida espacial, com China e Estados Unidos planejando instalações até a próxima década. O desenvolvimento dessa infraestrutura pode redefinir princípios de acesso e influência no espaço.

A nova corrida espacial se concentra na construção de infraestrutura lunar, com foco em energia.

Em abril de 2025, a China anunciou planos para construir uma usina nuclear na Lua até 2035 para apoiar sua estação de pesquisa lunar.

Os EUA retaliaram em agosto de 2025, com a NASA sugerindo um reator americano até 2030.

A NASA e o Departamento de Energia estão desenvolvendo sistemas de energia nuclear há anos, visando abastecer bases lunares e operações de mineração.

Segundo a especialista em direito espacial, Michelle L.D. Hanlon, isso não é uma corrida armamentista, mas uma luta por influência.

A construção de reatores é legal e já está regulamentada por diretrizes da ONU, que destacam a necessidade de segurança e transparência.

O Tratado do Espaço Sideral de 1967 regula as ações espaciais e exige consideração pelos interesses de outros países.

Instalações e reatores poderão influenciar onde e como outros países operam na Lua.

A infraestrutura não implica em reivindicação de território, mas dá poder sobre recursos — especialmente em regiões como o polo sul lunar.

Embora haja preocupações sobre riscos de radiação, diretrizes rigorosas da ONU podem ajudar a mitigar esses medos.

A energia solar é limitada na Lua, tornando reatores nucleares essenciais para a atividade humana a longo prazo e futuras missões a Marte.

Os EUA têm a oportunidade de liderar tecnicamente e em governança, promovendo o uso pacífico de energia.

A infraestrutura lunar determinará o poder na exploração espacial, não a quantidade de bandeiras plantadas.

Leia mais em o-globo