Natal emite alerta após surto de 'ciguatera', causado por peixe contaminado
Natal registra surto de ciguatera com 13 pessoas afetadas em evento. Vigilância Sanitária recomenda restrições na oferta de peixes contaminados e alerta sobre os perigos da toxina.
A Vigilância Sanitária de Natal (RN) emitiu um alerta em 19 de outubro devido a um novo surto de intoxicação alimentar por ciguatera, causado por toxina em peixes como garoupas e barracudas.
Desde o início da semana, 13 pessoas apresentaram sintomas durante um evento em um restaurante, onde três foram hospitalizadas (incluindo duas na UTI). Todos os participantes estão sendo monitorados.
A ciguatoxina se acumula na cadeia alimentar, especialmente em peixes carnívoros. Os sintomas incluem:
- Diarreia e náusea
- Dores abdominais
- Frequência cardíaca lenta e pressão baixa
- Inversão térmica
- Dores musculares e formigamento
Mônica Lopes, especialista do Instituto Butantan, recomenda evitar o consumo de peixes suspeitos. A Vigilância Sanitária alerta que a ciguatoxina é indetectável por cozimento e congelamento.
Restaurantes devem restringir a oferta de pescados contaminados, indicar as espécies nos cardápios e guardar amostras por 72 horas. Profissionais de saúde devem notificar casos suspeitos ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde.
Este é o terceiro surto de ciguatera em 2025 em Natal. Em abril, sete membros de uma família adoeceram após consumir barracuda, e em fevereiro, três após comer arabaiana. Se confirmados, somarão sete surtos desde 2022.